Conheça Desafios na cirurgia de Sindactilia
Diversas técnicas podem ser aplicadas para a correção da Sindactilia, ou seja, a separação dos dedos. No entanto, como em qualquer procedimento, é preciso assumir riscos. Confira quais são os desafios da cirurgia de Sindactilia.
Nivelamento das comissuras
Comissura é o espaço existente entre os dedos. Em casos de Sindactilia, isso é, em que os dedos estão colados, o desafio é criar uma comissura que fique na mesma altura que as demais comissuras da mão.
Para entender melhor, é preciso compreender que durante o processo cicatricial habitual de uma comissura, há a evolução acompanhada de uma certa retração, portanto, de uma tendência de subida do tecido do local operado, fazendo com que exista um desnivelamento com as demais comissuras da mão. Para evitar que isso aconteça, o cirurgião precisa realizar uma comissura profunda e com largura adequada, pensando em evitar uma recidiva operatória em virtude do mesmo motivo.
Falta de Repouso e falhas na cicatrização
Quando a cirurgia de Sindactilia é feita, o paciente recebe enxerto de pele na região, pois há falta de tecido no local. Os enxertos, por sua vez, podem se perder, seja por falta de repouso no pós-operatório ou por outros tipos de falhas na cicatrização; fato é que mesmo existam intercorrências no processo de cicatrização, o curativo entre os dedos não pode ser removido antes do tempo, caso contrário, também poderá acontecer a recidiva da sindactilia e até mesmo a formação de queloides entre os dedos.
Por que acontecem as sindactilias e o que são?
As sindactilias são junções nos dedos das mãos e/ou dos pés e podem ser classificadas em:
Sindactilias simples: quando acomete apenas pele
Sindactilias complexas: quando acomete pele e ossos dos dedos
Sindactilias incompletas: quando acomete apenas uma parte do dedo
Sindactilias completas: quando acometem completamente o dedo.
Essa malformação, em geral, tem origem genética, portanto, é um problema congênito. O diagnóstico da sindactilia, assim como algumas anomalias craniofaciais, pode ser feito por meio do ultrassom no período da gestação ou logo após o bebê nascer. Neste caso, a orientação médica pode recomendar a realização de testes genéticos para analisar se o bebê tem alguma síndrome, como por exemplo, a Síndrome de Apert, que causa sindactilia dos pés e mãos.
Para fazer a separação dos dedos, o paciente precisará de pele para preencher o espaço entre eles. Dessa forma, a equipe médica necessitará realizar o enxerto de pele, usando o tecido do próprio paciente, geralmente da virilha.
Antes das cirurgias, os pais precisam conversar com os médicos para terem a real consciência de tudo que pode ocorrer. Como dissemos, as complicações e os riscos existem em todos os procedimentos e a possibilidade de novas intervenções é perfeitamente comum no caso da sindactilia. Consulte seu médico.