Anomalias Craniofaciais: O que são e tratamentos
As anomalias de crânio e face englobam um conjunto de condições congênitas e adquiridas que afetam a formação dos ossos e tecidos moles da região craniofacial.
De acordo com dados do Hospital Sobrapar, em 2023, entre os casos atendidos, 31,47% correspondem a fissuras, 26,67% a tumores ou outras anomalias, 14,11% a hemangiomas, 7,75% a queimaduras ou traumas, 5,74% a comprometimentos nas mãos, 5,43% a microtia (orelha), 5,43% a cranioestenose e 1,09% a fissura rara de face.
Essas condições podem interferir em funções essenciais, como a respiração, a alimentação e o desenvolvimento neurológico, exigindo um diagnóstico e manejo precoce para prevenir complicações mais sérias. Elas podem ter origem em fatores genéticos, como mutações que alteram o desenvolvimento ósseo, ou em influências ambientais durante a gestação. Além disso, alguns distúrbios podem ocorrer isoladamente ou estar associados a síndromes que comprometem o funcionamento de outros sistemas do organismo. Identificar a causa é fundamental para definir a conduta terapêutica adequada e prevenir sequelas funcionais.
Abordagens multidisciplinares
O tratamento das anomalias de crânio e face exige a atuação de uma equipe multidisciplinar, que combina diferentes especialidades para oferecer um cuidado abrangente e individualizado. No Hospital Sobrapar, essa abordagem integrada permite que os pacientes recebam inclusive acompanhamento pós-operatório, garantindo melhor qualidade de vida.
No Hospital Sobrapar, cirurgiões plásticos e craniofaciais realizam as correções estruturais, enquanto neurocirurgiões lidam com casos que envolvem a base do crânio e o desenvolvimento neurológico. Fonoaudiólogos ajudam na reabilitação da fala e da deglutição, enquanto ortodontistas e odontologistas corrigem problemas dentários e maxilares. Já os otorrinolaringologistas tratam possíveis alterações auditivas, e psicólogos e psicopedagogos oferecem suporte emocional e auxiliam na adaptação social dos pacientes. Esse trabalho conjunto permite um atendimento mais completo e melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Tipos de deformidades de Crânio e Face
Tratamentos para Cranioestenoses Sindrômicas e Não Sindrômicas
As cranioestenoses são condições em que uma ou mais suturas cranianas se fundem prematuramente, afetando o crescimento normal do crânio e, em alguns casos, podendo levar à compressão cerebral. Quando essa condição ocorre de forma isolada, caracteriza-se como não sindrômica; já quando está associada a síndromes—como as de Apert, Crouzon, Pfeiffer ou Saethre-Chotzen—ela assume um caráter sindrômico, com manifestações adicionais que podem envolver outras anomalias craniofaciais e sistêmicas.
Tratamentos para Fissuras de Face
.As fissuras de face são anomalias congênitas que podem afetar a formação do lábio e/ou palato, comprometendo funções essenciais como a alimentação e a fala.
Tanto nos casos de tratamento de fissura lábio palatina,lábio leporino como fissuras raras de face, o desafio é restaurar a harmonia facial e funcionalidade oral.
Com uma abordagem multidisciplinar, integrando cirurgiões plásticos, fonoaudiólogos, dentistas e psicólogos, o Sobrapar proporciona intervenções precisas que melhoram significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Tratamentos para Tumores Craniofaciais
Os tumores craniofaciais são condições que afetam os ossos e tecidos da face. Entre eles, destacam-se a neurofibromatose, que pode provocar tumores envolvendo os nervos; a displasia fibrosa óssea e o fibroma ossificante, que alteram a estrutura óssea; além do osteoma e dos cistos ósseos, que demandam uma abordagem cuidadosa para preservar a funcionalidade da região.
Tratamento para Trauma da Face
Os traumas faciais, resultantes de acidentes podem causar fraturas, lacerações e deformidades que comprometem tanto a função quanto a aparência. Os tratamentos para trauma de face exigem uma intervenção que minimize sequelas permanentes e restaure a integridade da face.
Tratamento de Reconstrução de orelha
A reconstrução da orelha é uma das etapas para corrigir deformidades congênitas, como a microtia, ou para restaurar a estrutura auricular em casos de trauma. Além do aspecto estético, a orelha desempenha um papel crucial na audição e no equilíbrio, fazendo com que sua reconstrução envolva desafios para recuperar forma e função.
