O projeto justifica-se principalmente pela carência de acompanhamento odontológico clínico na rede SUS (Sistema Único de Saúde), agravado pela dificuldade técnica e de informação por alguns profissionais da rede pública em atender pessoas com deformidades craniofaciais. O longo tempo de espera de vaga e a falta de condições técnicas e conhecimentos específicos para atuar nesses casos especiais acabam retardando e, muitas vezes, comprometendo o tratamento ortodôntico. A intervenção é necessária nos pacientes com deformidades craniofaciais para garantir que possam ter uma correta mastigação e, consequentemente, a adequada nutrição e saúde bucal.
A cárie dentária é uma das doenças crônicas mais comuns na infância. Devido à condição socioeconômica das famílias, muitas vezes não é possível estabelecer vínculo suficiente para passar informação corretamente. Com isso, menos de 1% das crianças abaixo de um ano passa em consulta com um odontopediatra. O crescimento craniofacial é comprometido devido às diversas intervenções cirúrgicas e o ortodontista necessita intervir precocemente para obter melhores resultados funcionais e estéticos no futuro (Bilińska e Osmola, 2015).