O tipo de sutura craniana fechada precocemente e o formato da cabeça da criança é o que define o tipo de craniossinostose que a acomete. Muitas vezes, apenas com a avaliação clínica da deformidade do crânio provocada por essa anomalia craniofacial, é possível distinguir o tipo de cranioestenose presente em cada caso.

A escafocefalia, por sua vez, ocorre quando há o fechamento precoce da sutura craniana sagital. Neste quadro, que também é conhecido por dolicocefalia, o crânio possui uma forma alongada. É considerado o tipo de craniossinostose mais frequente, com prevalência em torno de 4 para 10 mil nascidos vivos.

Consequências da cranioestenose

Conforme há o crescimento do cérebro no bebê, as placas dos  ossos que são ligadas pelas suturas cranianas, ou pelo que chamamos de “moleiras”, vão se expandindo. Caso uma dessas suturas feche antes do tempo, temos uma cranioestenose.

Quando isso acontece, a criança pode apresentar aumento da pressão intracraniana e até mesmo dificuldades na respiração.

Se a cranioestenose estiver associada a outro tipo de síndrome genética (cranioestenose sindrômicas), as consequências e sintomas podem ser ainda mais graves. Nestes casos, por exemplo, existem alterações craniofaciais de graus variados com possibilidade de deformidades nos membros e articulações.  Dessa forma, o reconhecimento precoce, bem como a análise correta do tipo de cranioestenose são primordiais para a boa evolução e desenvolvimento da criança.

Tratamentos para Escafocefalia e outras Cranioestenoses não sindrômicas

O tratamento para escafocefalia é cirúrgico. Naturalmente, a cirurgia da cranioestenose traz preocupações aos pais e responsáveis do bebê, sobretudo, pela pouca idade da criança quando as intervenções se iniciam, a partir dos 6 meses de vida. 

Apesar dessa deformidade congênita iniciar-se na fase de embrião, ainda não se sabe ao certo sua causa. Acredita-se que possa ocorrer tanto por questões hereditárias, intra-uterinas, infecciosas e até mesmo pelo uso de certos medicamentos durante a gestação. 

Após a realização da cirurgia, o paciente deve seguir com acompanhamento médico, inclusive considerando o auxílio de uma equipe de psicologia.