A importância da atenção multiprofissional na reabilitação de anomalias craniofaciais
As cirurgias craniofaciais estão cada vez mais avançadas e seguras, mas um bom prognóstico para os pacientes acometidos por anomalias craniofaciais congênitas ou pacientes que passaram por algum tipo de trauma de crânio e face, depende muito mais do que apenas o processo cirúrgico em si, neste sentido, a atenção multiprofissional pós-cirúrgica é essencial para obter-se os melhores resultados na reabilitação do paciente.
Uma cirurgia craniofacial conta com profissionais como neurocirurgião, anestesista, cirurgião plástico craniofacial, entre outros, no entanto, diversos profissionais também estão envolvidos no processo de reabilitação.
Em casos de fissuras labiopalatinas, por exemplo, o acompanhamento continua ao menos até os 18 anos de idade do paciente, período no qual também estão envolvidos fonoaudiólogos, ortodontistas e psicólogos.
A exemplo da fissura de palato e do lábio leporino, podem ocorrer atrasos no desenvolvimento da fala. Além disso, os pacientes que possuem fissuras labiopalatinas têm a fala anasalada e podem ser beneficiados com a fonoterapia.
Em casos que requerem maior atenção, cujas cirurgias são ainda mais complexas como acontece com as cranioestenoses sindrômicas e cranioestenoses não sindrômicas, a equipe multiprofissional é indispensável.
Na Síndrome de Apert, por exemplo, o tratamento ortodôntico costuma ser necessário e é integrado ao tratamento cirúrgico. Neste sentido, a ortodontia no tratamento da craniossinostose visa não só evitar o desalinhamento entre os dentes, mas também o comprometimento dos músculos da mastigação e da articulação temporomandibular, além de ajudar no fechamento dos ossos que formam o céu da boca.
Atenção psicológica na recuperação de pacientes com acometimento craniofacial
A psicologia é uma das áreas de suma importância para reabilitação de pacientes com deformidades craniofaciais, seja no período que antecede ou sucede à cirurgia. A ajuda de um profissional pode gerar não só o acolhimento desses pacientes, mas também auxilia no desenvolvimento da autoconfiança, no aprendizado e na socialização.
Lembre-se que a desinformação é a maior inimiga de um bom prognóstico. Tire suas dúvidas com um profissional de sua confiança e procure fazer parte de uma rede de apoio para troca de experiências.