Ao receber o diagnóstico de um filho com fissura labiopalatina é comum que os pais apresentem diversos questionamentos sobre esse tipo de anomalia craniofacial. Dúvidas que giram em torno da capacidade de fala e dos procedimentos cirúrgicos são as mais comuns, mas, os aspectos a respeito da orientação nutricional ideal para os pacientes com fendas de palato e de lábio também são importantes e  não podem ser ignorados.

É o equilíbrio dos nutrientes que irá possibilitar o crescimento saudável, o desenvolvimento do intelecto e até mesmo a recuperação da criança após a cirurgia de correção do lábio leporino ou da fenda palatina.

 

É certo que a dieta deve ser balanceada, mas o profissional nutricionista precisa manter-se  dentro da realidade socioeconômica de cada paciente, orientando sobre opções acessíveis como, por exemplo, frutas da estação.

A depender de cada caso, o bebê que possui fissura lábio palatina pode sim consumir leite materno. O leite da mãe é capaz de transmitir imunoproteção e uma série de outros benefícios à saúde. Se a amamentação não puder ser realizada diretamente no seio, é possível utilizar colheres ou bicos artificiais que cumprem a função, mas claro, sempre com orientação médica. 

Introdução alimentar em crianças fissuradas

A introdução de alimentos complementares em crianças que apresentam fissuras de palato ou lábio leporino não é diferente de crianças não acometidas.

Dessa forma, recomenda-se que a introdução alimentar seja iniciada aos  6 meses de vida do bebê com alimentos de consistência cremosa, amassados ou em pequenos pedaços.

É necessário aguardar até o sexto mês, pois algumas enzimas digestivas começam a atuar de forma mais eficaz, as bactérias intestinais são capazes de proteger o bebê em caso de infecções e o sistema imunológico está pronto para evitar possíveis alergias.

Nesta idade, os pais podem oferecer frutas e a primeira papinha no almoço ou no jantar. A alimentação deve conter cereais ou tubérculos, proteína animal, vegetal ou leguminosas e hortaliças.

Em consulta, solicite sempre a opinião do médico pediatra que deverá avaliar a evolução motora e cognitiva do bebê. Além disso, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que as crianças que apresentam algum tipo de  dificuldade alimentar ou estejam sendo submetidas a dietas restritivas, por preferências familiares, recebam acompanhamento do pediatra de modo ainda mais frequente.