Qual o melhor momento para realizar a cirurgia de correção de fissura labiopalatina?
Apesar de estar entre as deformidades congênitas craniofaciais mais comuns, naturalmente a fissura labiopalatina desperta questionamentos aos pais e responsáveis de bebês que possuem esse tipo de diagnóstico.
Ao contrário do que o conhecimento comum possa defender, a fenda palatina promove distorções anatômicas não só na região labial, mas também na região do nariz e do palato, correspondendo a aproximadamente 65% das malformações craniofaciais.
Considerando as variáveis com as quais as fissuras labiopalatinas podem se apresentar, bem como a complexidade e as consequências desse acometimento, é indispensável que os procedimentos cirúrgicos e as intervenções médicas, em geral, ocorram no tempo e de forma adequada. A parceria entre a equipe multidisciplinar e a família, portanto, devem proporcionar o melhor resultado estético, anatômico e funcional das regiões afetadas.
Tratamentos, cirurgias reparadoras e o melhor momento para intervenção em fissuras de palato
As cirurgias para correção da fissura labial e de palato são realizadas sempre considerando dois critérios básicos. Em tratamentos sempre levamos em conta duas variáveis, idade e peso. Para o lábio, 3 meses e 5KG; para o palato, 12 meses e 10Kg.
O cumprimento de apenas um desses requisitos não habilita o paciente para realizar a cirurgia. A recomendação geral é que a cirurgia não seja realizada precocemente para que não existam impactos sobre o crescimento dos ossos.
O primeiro registro descrito sobre o sucesso do fechamento de uma fissura lábio palatina foi na China, em 390 A.C. Ao longo dos anos, inúmeras técnicas foram desenvolvidas.
Atualmente, diversos exames complementares são solicitados para avaliar a área de comprometimento da fissura de lábio e de palato. Além disso, cria-se um plano de tratamento, que é desenvolvido conforme as necessidades de cada paciente e com base em um programa de reabilitação.
A primeira intervenção cirúrgica para o fechamento do lábio leporino ou da fenda palatina, em geral, é capaz de restaurar todas as malformações. No entanto, é importante ressaltar que existem particularidades em cada caso, portanto, a complexidade da restauração precisa ser avaliada por uma equipe médica especializada.
Dessa forma, a depender do paciente, do crescimento ósseo e da complexidade das alterações presentes, a cirurgia para fenda labiopalatina pode ocorrer mais de uma vez, com a presença de um cirurgião plástico, que é essencial nestes procedimentos.
O acompanhamento do paciente por profissionais de fonoaudiologia, otorrinolaringologia, ortodontia e psicologia também deve continuar.
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