Craniossinostoses não sindrômicas
Quando um bebê nasce, é normal que os pais tenham algumas preocupações, como o choro, umbigo e a amamentação. Porém, um aspecto importante que deve ser acompanhado com cuidado e atenção é a formação da cabeça do neném.
Isso porque há diversas possíveis deformidades nessa região do corpo que podem causar problemas na formação da cabeça, e a craniossinostose não sindrômica é uma delas.
As cranioestenoses, como também são chamadas, se dão pelo fechamento precoce das suturas cranianas do bebê, resultando em deformidades no formato da cabeça. Não é uma situação frequente, mas pode ser diagnosticada cedo e tratada para evitar maiores problemas no desenvolvimento da criança.
O que é a craniossinostose?
Ao nascer, a caixa craniana do bebê está separada por linhas, chamadas de suturas, e duas aberturas no alto da cabeça, a fontanela anterior e a posterior, que são muito conhecidas como moleiras.
Todas essas características têm como objetivo facilitar o nascimento do neném e permitir o desenvolvimento adequado do cérebro, acompanhando o crescimento cerebral durante a fase de crescimento – já que o cérebro dobra de tamanho no primeiro ano de vida.
Tanto as suturas quanto as fontanelas são fechadas naturalmente mais tarde.
A Craniossinostose é o fechamento precoce da moleira e das suturas. Quando isso acontece, o cérebro não consegue se expandir de forma natural e é neste ponto que começam a surgir problemas do crânio, como as alterações no formato da cabeça.
Como tratar a craniossinostose?
A craniossinostose é uma doença que afeta 1 a cada 2.000 crianças nascidas. Estudos revelam que é uma situação mais comum entre os bebês do sexo masculino do que feminino.
É uma deformidade congênita, que se inicia na fase de embrião. As causas podem ser diversas, tanto por questões hereditárias, intra-uterinas ou infecciosas quanto pelo uso de certos medicamentos durante a gestação.
A boa notícia é que com o diagnóstico nos primeiros meses de vida do bebê, é possível ter o acompanhamento e realizar a cirurgia de crânio.
O diagnóstico é feito pelo exame físico da cabeça do bebê e com o exame radiológico, que será avaliado por neuroimagem.
Estes exames são muito úteis não só para a constatação da sutura fechada, mas também para as possíveis malformações dos ossos da face e/ou do sistema nervoso.
É importante que o diagnóstico da craniossinostose seja feito nos primeiros meses de vida e que o tratamento seja feito até um ano e seis meses a partir do nascimento da criança. Dessa forma haverá um acompanhamento neurológico mais aprofundado.
Como dissemos, o tratamento é cirúrgico que tem resultados muito satisfatórios. Neste processo são criados espaços ou suturas no osso do crânio que permitirão o desenvolvimento do cérebro normalmente.
Como diagnosticar a craniossinostose?
No parto, há a compressão da calota craniana do bebê, por isso, é normal que após o nascimento a cabeça do neném apresente pequenas deformações e em torno de 7 a 10 dias o formato volta ao normal.
O que significa que os pais não devem se preocupar com essas situações e sim ficarem atentos ao desenvolvimento dessa parte do corpo durante os próximos meses.
No primeiro ano de vida, o cérebro alcança metade da dimensão que terá quando se tornar adulto e termina seu crescimento aos 2 anos de vida.
A fontanela anterior é maior que a posterior e a que mais demora a fechar, podendo acontecer do 9º ao 15º mês de vida. A fontanela menor costuma se fechar até o 2º mês da criança. Caso isso não aconteça, deverá ser examinado por um médico.
Quando acontece a craniossinostose, o crânio se desenvolve em um formato peculiar, podendo ser mais alongado, triângular ou ainda com formato ovalado para um dos lados.
Se notar alguma dessas situações, é recomendado que os pais levem o bebê para uma consulta para o exame dos médicos.
Lembrando que, após o nascimento da criança, é essencial manter o acompanhamento de seu desenvolvimento com os médicos indicados.
Diferença entre craniossinostose sindrômica e não sindrômica
Há diversas dúvidas quando o assunto são as craniossinostoses, e uma muito frequente é a diferença entre a craniossinostose sindrômica e a não sindrômica. Parece ser algo difícil de entender, mas na realidade não é.
As craniossinostoses podem ser classificadas em não sindrômicas, quando o único problema do paciente é o fechamento precoce da sutura, resultando apenas em anomalias no crânio.
Já a craniossinostose sindrômica acontece quando há a fusão de uma ou mais suturas cranianas e incluem as craniossinostoses de origem genética, como as Síndromes de Crouzon, Apert e Pfeifer, etc.
Nesta doença, os resultados vão além da deformação, como a retrusão do terço médio, oclusão classe III, exoftalmia, que são os olhos saltados, entre outros.
Dúvidas Frequentes – FAQ
Segundo a literatura internacional a trigonocefalia pode levar a um retardo dos desenvolvimento neuropsicomotor. As demais o paciente pode não atingir seu potencial máximo de desenvolvimento
Sim. Especialmente a plagiocefalia (assimetria do crânio), porque há necessidade de diferenciar entre craniossinostose, plagiocefalia posicional e torcicolo congênito. Por isso a necessidade da avaliação de um especialista para realizar o diagnóstico correto da deformidade.
Essencial avaliação do especialista e realização de tomografia computadorizada de crânio face.
Tratamento cirúrgico a partir dos 6 meses de vida