Karina Gottardello Zecchin, odontopediatra do Sobrapar, ganha prêmio com trabalho apresentado em evento científico da USP
No dia 18 de Novembro, em São Paulo, o evento Jornada do Cape (Jocape) reuniu profissionais e estudantes de diversos países para debater o atendimento odontológico a crianças e jovens sistemicamente comprometidos.
O encontro aconteceu no Anfiteatro da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, na Cidade Universitária, São Paulo e além da tradicional apresentação de painéis de casos clínicos e de pesquisa, nesse ano, a Jocape também teve a modalidade de apresentação de trabalhos científicos com apresentação oral de casos clínicos, na qual Karina Gottardello Zecchin, odontopediatra do Hospital Sobrapar, ganhou o primeiro lugar.
Foi a primeira vez que Karina concorreu a um prêmio pelo Hospital. “Sinto-me honrada e dedico esse prêmio aos meus pacientes com Síndrome de Apert e suas famílias” declarou em sua rede social.
Graduada em odontologia pela UNICAMP, Karina Gottardello Zecchin tem mestrado e doutorado em Estomatopatologia, além de pós-doutorado em Bioquímica e Estomatopatologia pela mesma universidade. Atualmente, atua como professora plena do Curso de Pós-Graduação em Estomatopatologia e é a responsável técnica pelo atendimento clínico odontológico no Hospital Sobrapar.
Em 2022, Karina também lançou o seu primeiro livro. “Você já tem uma marquinha?” conta a história de duas crianças diante de uma curiosa cicatriz na face, que causa diferenças na fala de Pedro, uma criança com fissura labiopalatina.
Sobre a Síndrome de Apert e seu tratamento
No trabalho pelo qual foi premiada, a especialista em odontopediatria apresentou o perfil odontológico de pacientes com Síndrome de Apert. A Síndrome de Apert é uma anomalia relativamente rara de cranioestenose e causa mutações genéticas que provocam deformidades craniofaciais, alterações nas mãos e pés. Além disso, os pacientes podem apresentar também maxila posterior em relação à mandíbula e em alguns casos também há a presença de fenda labiopalatina.
Para corrigir a cranioestenose, o paciente realiza o tratamento cirúrgico com neurocirurgião ou cirurgião craniofacial, no procedimento o médico atua para expandir o crânio permitindo que o cérebro se desenvolva normalmente.
Depois do aparecimento da dentição definitiva, realiza-se o avanço do terço médio facial, uma abordagem que usa aparelhos com o objetivo de aprimorar a respiração com o alinhamento da maxila e da mandíbula.
O Hospital Sobrapar parabeniza todos os participantes da Jornada do Cape (Jocape), em especial, Karina Gottardello Zecchin, pela premiação e trabalho desenvolvido.