Campinas, 22 de novembro de 2023 – A equipe médica do Hospital Sobrapar participou do 59° Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica, que aconteceu nos dias 15 a 18 de novembro, em Campinas. Mais uma vez, os profissionais do hospital apresentaram trabalhos incríveis, dignos de muito reconhecimento.
O evento reuniu, no Royal Palm Hall, 3 mil profissionais inscritos e aproximadamente 100 palestrantes de 22 países. Entre os participantes, a médica residente em cirurgia plástica, Marcela Vincenzi, recebeu o prêmio Silvio Zanini com o trabalho “Desfechos da distração posterior de crânio em pacientes sindrômicos: Estudo comparativo entre faixas etárias e pacientes previamente operados”.
O trabalho de Marcela analisou os resultados da distração posterior de crânio em pacientes sindrômicos, com foco na comparação entre faixas etárias e pacientes previamente operados. Na técnica de distração posterior, usada em cirurgias de cranioestenoses sindrômicas, o volume craniano é gradualmente aumentado, o que reduz o risco de sangramento e a necessidade de transfusões sanguíneas.
“Estou muito feliz com o prêmio. É uma honra ter meu trabalho reconhecido pela comunidade científica”, disse Marcela. “Esse reconhecimento me motiva a continuar me dedicando à pesquisa e à prática da cirurgia plástica”.
O prêmio Silvio Zanini é uma das mais importantes premiações da área de cirurgia plástica no Brasil. É concedido a trabalhos científicos de excelência, que contribuem para o avanço da ciência e da prática médica.
A premiação de Marcela é um importante reconhecimento para o Hospital Sobrapar e para a comunidade médica de Campinas. O trabalho é um exemplo de excelência e dedicação. Graduada em medicina pela PUC Campinas, Vincenzi é residente em Cirurgia Plástica no Hospital Sobrapar.
A técnica, tema do trabalho em questão, pode ser uma alternativa em casos de Síndrome de Apert. Continue lendo e saiba mais sobre o quadro.
A importância do diagnóstico correto e tratamento das anomalias craniofaciais
Andressa Gomes de Araújo Muniz, 26 anos, é mãe de Alícia, com 1 ano e 3 meses. A família é de Franca, interior de São Paulo, e a garotinha nasceu com Síndrome de Apert, uma condição genética rara que causa a fusão dos ossos do crânio, das mãos e dos pés.
“Apesar de todo o acompanhamento durante a gravidez, nós só descobrimos a síndrome no pós-parto”, conta Andressa. “O pediatra só afirmou que ela tinha nascido com Síndrome Apert, sem apontar caminhos, explicar o que era e como poderíamos lidar com isso”.
Andressa conta que, inicialmente, ela e o marido achavam que o problema estava só no fato de a filha ter nascido com os dedinhos das mãos e dos pés grudados, um quadro conhecido como Sindactilia. Quando começou a pesquisar na Internet, entrou em desespero, ao mesmo tempo que essa busca resultou também com o encontro de uma mãe que falava sobre a Síndrome no Facebook.
“Descobri o telefone dela e liguei. Ela esclareceu muitas dúvidas, foi um conforto para o meu coração, porque até então eu só tinha as informações que havia lido no Google”, diz Andressa. “Foi ela quem me indicou o Sobrapar e, em menos de um mês, conseguimos uma consulta para a Alícia com o doutor Cássio, que esclareceu todas as dúvidas, explicou os passos necessários e trouxe luz para nossa jornada, que está só começando, agora iluminada”.
Andressa conta que, aos quatro meses, Alícia fez a primeira cirurgia de correção de sindactilia e, também, a correção do crânio – cirurgia importante, pois seu atraso compromete a cognição da criança e pode afetar a visão.
“Temos ainda um longo caminho a percorrer, mas o desenvolvimento da minha filha está perfeito e agora sentimos que não estamos sozinhos”, diz Andressa. “A medicina evoluiu demais e vejo coisas extraordinárias ocorrendo no Sobrapar. Cada vez que vamos lá me emociono com toda humanidade, atenção e amor com que somos recebidos, por todos”.