Dúvidas comuns após a cirurgia de cranioestenose

Ser resiliente e aprender a lidar com o diagnóstico de uma cranioestenose, seja ela uma sindrômica ou não, é essencial para o tratamento e recuperação do paciente. Nesse sentido, as famílias que se depararam com o diagnóstico de qualquer malformação congênita, devem buscar na informação os caminhos necessários para o esclarecimento de dúvidas e as melhores formas de tratamento. 

Continue lendo e confira a resposta para algumas dúvidas comuns após a cirurgia de cranioestenose.

A cirurgia da cranioestenose deixa sequelas?

Não é comum que a cirurgia de correção de craniossinostose, como também é chamada, deixe sequelas. Para isso, é claro, é preciso que ela seja realizada com uma equipe especializada e em local que possua infraestrutura compatível com a complexidade do procedimento.

Na verdade, a técnica remodela a região do crânio para que ele e o cérebro possam se desenvolver de forma adequada, sem uma pressão intracraniana (PIC). A PIC elevada sim, pode causar sérias consequências, inclusive até a morte.

Após a cirurgia, o paciente precisará ficar em CTI Pediátrico?

Sim. A cirurgia de cranioestenose em crianças é um procedimento complexo que pode inclusive demandar transfusão de sangue. Após realizar a cirurgia, o paciente fica em observação em um Centro de Tratamento Intensivo.

Depois da cirurgia, as assimetrias cranianas podem continuar?

Por mais que a cirurgia de crânio seja realizada, ainda é possível que as assimetrias faciais e de orelha não melhorem na mesma intensidade que as assimetrias do crânio. Além disso, a própria assimetria craniana pode prevalecer de forma residual.

Na tomografia do meu filho apareceram algumas assimetrias, ele precisará reoperar?

As assimetrias residuais podem existir no pós-operatório, mas a criança operando na época ideal, resolvendo a causa do problema, e com o crescimento cerebral que dobra de tamanho até os dois anos de vida, elas tendem a amenizar, até mesmo resolver, ao longo do pós-operatório.

Algumas lacunas permanecem

As lacunas ósseas quase não existem quando o paciente opera na época ideal uma vez que o crescimento ósseo e preenchimento das falhas/lacunas. Se o paciente operar fora da idade, elas podem existir e serem resolvidas em enxertos ósseos quando o paciente estiver mais velho.

Depois da cirurgia, meu filho precisará continuar em algum tipo de acompanhamento médico especializado

Em casos que essa anomalia congênita facial é acompanhada de alguma síndrome, como é o caso das Síndrome de Apert, por exemplo,  o paciente deve continuar o tratamento multidisciplinar conforme orientação médica. Consultas regulares ao pediatra e ao neurologista também devem ser agendadas.