A cranioestenose é uma anomalia craniofacial congênita que ocorre quando uma ou mais suturas cranianas se fecham prematuramente. Isso pode causar deformidades no crânio e na face levando a problemas de saúde, como hidrocefalia, problemas de visão e audição, entre outras dificuldades de desenvolvimento.

O tratamento da cranioestenose envolve uma cirurgia para permitir que o crânio cresça normalmente. A cirurgia é realizada em bebês e crianças pequenas, mas o uso do capacete após a operação nem sempre é necessário. Entenda.

Órtese Craniana é usada com mais frequência em Plagiocefalia Posicional

A cranioestenose e a plagiocefalia posicional são duas condições que podem causar deformidades no crânio de bebês e crianças.

A principal diferença entre cranioestenose e plagiocefalia posicional é a causa da deformidade. Na cranioestenose, a deformidade ocorre pelo fechamento das suturas cranianas. Na plagiocefalia posicional, a deformidade é causada por pressão externa na cabeça do bebê. Essa pressão é consequência de fatores como dormir de costas, usar um carrinho de bebê ou um assento de carro com apoio de cabeça inadequado.

Enquanto a cranioestenose é geralmente tratada com cirurgia, a plagiocefalia posicional pode ser tratada com órtese craniana, fisioterapia ou mudanças na posição do bebê.

O diagnóstico de cranioestenose e plagiocefalia posicional é feito pelo médico, que irá avaliar o crânio do bebê. Em alguns casos, o médico pode solicitar exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para confirmar o diagnóstico.

Quando é necessário usar um capacete em casos de cranioestenose?

O tratamento para a cranioestenose é de fato a cirurgia remodeladora, por isso, o uso do capacete ou da órtese craniana pode ser dispensável,uma vez que esses itens têm essa mesma finalidade. Contudo, diante da preocupação, no período pós-cirúrgico, é comum que as mães questionem se o capacete pode ser usado como um acessório de proteção em caso de quedas. 

A indicação médica, no entanto, é que os pais estejam mais próximos do bebê ou da criança para evitar que esses impactos aconteçam.

Durante a cirurgia, caso o médico não utilize a técnica de remodelação do crânio e opte por uma suturectomia, ou seja, faça apenas a remoção da sutura fechada, aí sim o uso do capacete pode ser indicado como uma forma de tentar fazer o remodelamento do crânio. É importante salientar que o procedimento de suturectomia com o uso do capacete deve ser realizado precoce e os resultados são menos previsíveis.

O capacete é geralmente bem tolerado pelos bebês.  O capacete sozinho deve ser utilizado somente nas deformidades posicionais, ou seja, quando não há uma craniossinostose verdadeira, não há fechamento precoce de nenhuma sutura.


Eles podem se sentir um pouco desconfortáveis no início, mas geralmente se acostumam rapidamente.

O uso de capacete após uma cirurgia de craniossinostose não é uma prática padrão em todos os casos. No entanto, em algumas situações específicas, o uso de capacete pode ser recomendado como parte do tratamento pós-operatório.  A decisão de usar um capacete após a cirurgia de cranioestenose é feita pelo médico, que irá avaliar o caso específico da criança e adotar a técnica cirúrgica mais adequada. 

Principais de capacetes usados no tratamento de cranioestenose:

Capacetes moldados: Esses capacetes são feitos sob medida para a cabeça da criança. Eles são geralmente feitos de plástico ou fibra de carbono, e são ajustados à cabeça da criança para garantir um bom encaixe.

Capacetes modulares: Esses capacetes são feitos de várias peças que podem ser ajustadas para se adaptar à cabeça da criança à medida que ela cresce.

Se indicado, o capacete deve ser usado conforme orientação médica e deve ser limpo regularmente com um pano úmido para evitar o acúmulo de sujeira e bactérias.