As anomalias craniofaciais são deformidades que atingem a região facial em decorrência de um trauma ou em caso de malformação congênita.

Lábio Leporino e Fenda Labiopalatina

Uma das deformidades craniofaciais mais frequente é o lábio leporino, também chamado de fissura labiopalatina. Estima-se que a cada mil nascimentos, ao menos uma criança nasce com lábio leporino. Essa malformação, que também é congênita, pode acometer somente a região do lábio ou do palato, ou ambas regiões simultaneamente.

Essa abertura traz consigo uma série de consequências psicológicas, odontológicas, fonoaudiológicas e até mesmo de nutricionais, dessa forma, é indispensável a atuação de uma equipe interdisciplinar para que exista uma reabilitação global de sucesso.

Cranioestenose

As cranioestenoses ou craniossinostoses, como também são conhecidas, podem ser isoladas ou acompanhadas de síndromes, sendo que as cranioestenoses simples ocorrem com mais frequência. Nestes casos, há o fechamento precoce das suturas cranianas, popularmente chamadas de moleira.

O tipo da sutura acometida é o que também difere o tipo de cranioestenose e, consequentemente, o formato da cabeça da criança (mais alongada, triangular, etc). As craniossinostoses não sindrômicas podem levar ao aumento da pressão intracraniana, por isso, necessitam de intervenção cirúrgica no momento mais oportuno.

Uma vez detectada essa deformidade, por meio de exames clínicos e de imagem, o paciente deve ser avaliado por uma equipe composta por cirurgião plástico craniofacial e neurocirurgião. Ressalta-se ainda que sem tratamento adequado existe a possibilidade de déficits cognitivos.

Entre as cranioestenoses sindrômicas com maior incidência, destaca-se a associação com a Síndrome de Apert.

A Síndrome de Apert envolve um conjunto de deformidades presentes não só na região da face, mas também nas mãos, pés e no quadril. Seu tratamento é mais duradouro, porém é possível obter ganhos satisfatórios na saúde em geral e na qualidade de vida.

Traumas Faciais e Sequelas de Tumores

As queimaduras faciais em adultos e crianças, também são consideradas traumas de face. Esse tipo de trauma é acompanhado de sequelas profundas, que por vezes exigem tratamentos longos, com inúmeras cirurgias.

Tumores não são traumas, mas podem deixar sequelas graves após a sua retirada e tratamento, como no caso do retinoblastoma, que traz desafios enormes para a reconstrução da cavidade orbitária, principalmente após a radioterapia sobre a qual os pacientes são normalmente submetidos.