Como viver sem vergonha das cicatrizes
Existem muitos fatores que influenciam a cicatrização da pele, mas por mais discreta que ela seja, conviver com uma cicatriz na face pode ser desafiador para crianças que operaram de fissura labiopalatina ou que adquiriram alguma deformidade crânio facial. Você sabe como ajudar o seu filho a viver sem vergonha das cicatrizes? Confira algumas dicas.
Encorajamento
O primeiro passo para evitar incômodos sobre a cicatriz é o encorajamento da criança. Uma das formas de fazer com que ela lide bem com a cicatriz é estimulá-la a falar sobre o assunto, mas para isso, o apoio dos pais é fundamental. São eles que devem explicar, em uma linguagem acessível, sobre o quadro da criança.
Informação
Ter conhecimento sobre a razão da cicatriz oferecerá justamente a segurança e encorajamento que a criança precisa para falar sobre o assunto, mas é preciso que as informações não fiquem técnicas demais. Explique para o seu filho, sobre a operação que ele passou, sobre casos semelhantes e sobre toda a importância que seu tratamento tem.
Converse sobre a diversidade
Enxergar a diversidade em toda a nossa volta também é importante para que seu filho não tenha problemas de autoestima. Se ele já tiver idade o suficiente, mostre as diferenças entre as etnias, as crenças e a sociedade em geral. Explique que todos nós somos diferentes de alguma forma uns dos outros e isso é o que nos torna únicos e tão valiosos.
Construa vínculos com histórias parecidas
Busque por referências de histórias parecidas para que seu filho possa se sentir representado. Personagens de filmes, desenhos e histórias são excelentes para construir esse tipo de vínculo de representação.
Cuidados com a pele
Não ter vergonha da cicatriz não é o mesmo que descuidar das mesmas. Alguns bons hábitos podem ser adotados para evitar que o aspecto da região piore e entre esses cuidados está a exposição solar, que deve ser evitada.
São tantas histórias que podem existir por trás das cicatrizes… O livro “Você já tem uma marquinha?” conta a jornada de Maria que, vira amiga de Pedro, depois de mudar de escola. Pedro é um garoto que possui uma marca que se estende do lábio, na verdade uma cicatriz da fissura labiopalatina. O livro foi escrito pela odontopediatra do Sobrapar, Karina Zecchin, e traz um olhar humanizado de quem já atuou em milhares de atendimentos a pacientes com fissuras labiopalatinas, além da inocência e inclusão das crianças.
Para acessar, baixar ou compartilhar, gratuitamente, o livro, basta acessar a biblioteca virtual da Fundação Educar.