A morte súbita (SMSL) é um dos tipos mais comuns de óbito quando o bebê possui até 1 ano de idade. Para reduzir a ocorrência da SMSL, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e as entidades médicas do mundo inteiro recomendam que o bebê durma de barriga para cima, no entanto, o que se tem visto é uma grande quantidade de crianças com assimetrias cranianas posicionais, muitas vezes que em um primeiro momento podem ser confundidas com uma cranioestenose verdadeira.

Saiba mais sobre como evitar a SMSL e conheça medidas de posicionamento correto para que seu bebê não desenvolva uma assimetria craniana.

Dormir de barriga pra cima é seguro, mas é preciso variar posição nas sonecas durante o dia para evitar assimetrias cranianas como a plagiocefalia posicional

Se antes os médicos orientavam que a posição lateral era a correta para o sono dos bebês, atualmente, a recomendação é que eles durmam de barriga para cima. Ao adotar esse tipo de posicionamento no sono não supervisionado (noturno) evita-se que a criança mude de posição ou que acabe se sufocando com travesseiros e cobertores no berço.

Fato é que passar muito tempo com a posição posterior da cabeça apoiada pode causar um quadro de assimetria craniana, bem menos grave do que uma cranioestenose verdadeira, mas que também deve ser tratado: a plagiocefalia posicional.

A falsa plagiocefalia, se dá justamente pela tensão prolongada no crânio, relacionada com fatores externos ao bebê. Com medidas de alternância do ponto de apoio da cabeça, no sono supervisionado, é possível corrigir a plagiocefalia posicional.

Para prevenir a morte súbita do Lactente, além do posicionamento correto durante o sono noturno, outras medidas podem ser adotadas:

  • Mantenha uma boa temperatura no quarto ou ambiente que o bebê estiver dormindo;
  • O bebê deve dormir em seu próprio berço e no mesmo quarto que os pais;
  • Nunca dormir em sofás com o bebê;
  • Os bebês menores de 3 meses de idade têm mais risco de SMSL, sobretudo se os pais fumarem, consumirem drogas ilícitas ou álcool;
  • A amamentação pode diminuir o risco de SMSL, portanto, quando possível, em casos de fissuras labiais simples, as mães devem ser encorajadas a mantê-la;
  • Protetores de berço são desaconselhados, uma vez que podem causar sufocamento.

Afinal, o que é a Morte Súbita do Lactente?

Conhecida como SMSL, a Morte Súbita do Lactente foi descrita pela primeira vez em 1969 e refere-se à morte súbita em lactentes sem uma causa identificada durante o sono. Atualmente, a Morte Súbita Infantil inesperada é usada para descrever qualquer morte súbita e inesperada, seja ela explicada ou não.

Estima-se que o óbito súbito corresponda ao tipo mais comum de morte entre 2 semanas e 1 ano de idade, equivalente a 35 a 55% de todas as mortes nesta faixa de idade.

Diante da identificação de qualquer anomalia de crânio, é preciso confirmar o diagnóstico com um profissional especializado.

A visita mensal ao pediatra é fundamental para o acompanhar o crescimento e desenvolvimento do crânio e do sistema nervoso central. Com o acompanhamento e diagnóstico precoce de uma cranioestenose ou qualquer tipo de anomalia, o prognóstico do paciente tende a ser muito mais satisfatório.