Aspectos psicológicos em crianças com malformações craniofaciais
As malformações têm impacto nos aspectos psicológicos dos pacientes, por isso, a assistência de um profissional especializado ao paciente é essencial para melhorar o convívio social, o bem-estar e até mesmo o aprendizado das pessoas acometidas por malformações craniofaciais.
Algumas anomalias craniofaciais, apesar de terem tratamento, exigem que o paciente atinja determinada idade para que certas intervenções cirúrgicas possam ser realizadas, como acontece por exemplo com a cirurgia de fissura labiopalatina e reconstrução de orelha, em casos de microtia. Nessas situações as crianças ficam ainda mais expostas em alguns ambientes, como o escolar. O resultado, além de possíveis conflitos de convívio e aceitação é também a dificuldade no aprendizado.
A Psicopedagogia pode atuar auxiliando na aprendizagem e adequação escolar da criança, estimulando o contato do paciente com a escola. Além disso, também oferece suporte aos familiares nas melhores estratégias em relação à vida escolar, auxiliando para que o ambiente seja mais reforçador e eficaz.
Os psicólogos também têm papel importante no pré e pós-operatório, no auxílio ao enfrentamento do medo e da ansiedade presentes em ambos os períodos.
Bullying contra alunos com necessidades especiais
Segundo estudo divulgado pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015, um em cada dez estudantes brasileiros é vítima de bullying. O termo bullying se refere a atos de intimidação e violência física ou psicológica que, na maioria das vezes, ocorrem dentro das salas de aula.
É importante ressaltar que o bullying é muito mais do que brigas comuns e merece a devida atenção. No bullying, as perseguições de um grupo ou jovem a um colega passa a ser rotineira.
Em caso de alunos com necessidades especiais, seja com síndromes, cranioestenoses ou fissuras labiopalatinas, é imprescindível conversar abertamente sobre a deficiência com turma. O educador deve trazer esclarecimento e conscientização.
Geralmente os episódios de bullying contra esse tipo de público acontece em decorrência do preconceito oriundo do meio em que a criança ou adolescente vive.
Identificar uma criança que precisa de ajuda psicológica não é fácil, por isso, a comunicação entre pais e filhos deve ser um hábito.
Se o seu filho apresenta alta irritabilidade, apatia pela escola, mudanças de humor e aumento ou surgimento dos sentimentos negativos sobre a malformação ou deficiência, procure suporte de um psicólogo.