É possível que um bebê nasça com uma deformidade na orelha devido a uma predisposição genética ou à posição do feto dentro do útero materno. No entanto, assim como outros tipos de anomalias congênitas na orelha, esse tipo de deformidade possui tratamento. Saiba mais sobre características e tratamento da orelha constrita.

Em bebês, as alterações na orelha são classificadas como malformações ou deformações.As malformações são caracterizadas por uma ausência parcial ou total de pele e/ou cartilagem, resultando assim em uma orelha constrita ou com partes que não se desenvolveram. Já as deformidades na orelha são alterações do formato da orelha ou ainda do seu contorno sem alterações no volume de pele e alterações na cartilagem.

A orelha constrita possui característica de uma orelha aparentemente enrolada, estreita ou dobrada. Entre os tipos de orelhas constritas existe uma grande variedade de classificações, porém todas compartilham a rotação inadequada do complexo hélice/anti-hélice/escafa como uma característica comum. Dessa forma,  o pavilhão auricular fica dobrado para frente. O pavilhão auricular é responsável pela captação e direcionamento das ondas sonoras para o canal auditivo, permitindo a audição.

Como é feita a reconstrução da orelha em casos de orelha constrita

A intensidade dessa deficiência de rotação varia consideravelmente e é um fator crucial na seleção da abordagem cirúrgica adequada.  Em geral, a abordagem mais comum é a cirurgia plástica reconstrutiva, que visa corrigir o quadro e melhorar a aparência estética da orelha.

Quando apenas a parte superior da orelha está dobrada, é necessário um procedimento cirúrgico para levantar, estruturar e reposicionar a área afetada.

Em, outras situações nas quais a estrutura da orelha está quase toda voltada para dentro, é preciso fazer a reconstrução da orelha com cartilagem costal. Essa é uma das técnicas mais modernas e é bem segura, inclusive, também é adotada em casos de microtia, um tipo de malformação no ouvido externo. Nessa abordagem, o médico utiliza a cartilagem da costela do próprio paciente para reconstruir a orelha.

Muito embora nem sempre as alterações na orelha apresentem problemas funcionais, a longo prazo, as crianças podem apresentar questões psicológicas, principalmente relacionadas ao bullying.
Por isso, se o seu filho nasceu com algum tipo de anomalia nas orelhas, o primeiro passo é procurar por um médico para descobrir qual é a malformação congênita e o quanto isso está afetando ou pode afetar a audição do seu filho.