O que fazer se o seu filho se recusar a operar

“Meu filho não quer operar, o que devo fazer?” Antes de mais nada é importante manter a calma! Algumas correntes de estudos defendem que as crianças são o reflexo dos pais, por isso, se o seu filho vai passar por uma cirurgia de fenda labiopalatina ou qualquer cirurgia crânio facial, transmitir tranquilidade e segurança é o primeiro passo para contornar essa objeção.

Alguns especialistas em comportamentos infantis, como por exemplo, Piaget e Vygotsky, acreditavam que o desenvolvimento das crianças, em algumas fases da vida, se dá por imitação. Dessa forma, os pensamentos e o comportamento da criança, inicialmente, funcionam como uma repetição daquilo que elas veem e experimentam emocionalmente.

Momento pode ser desafiador principalmente para o caso de crianças mais velhas que possuem fissuras labiopalatinas 

Nem sempre, a cirurgia de correção de lábio leporino ou fenda labiopalatina é realizada nos primeiros anos de vida e, com a percepção da criança sobre algumas situações é natural que os pais encontrem a recusa a operar, por conta da insegurança.

Nesses casos,  é imprescindível que os responsáveis não demonstrem ansiedade, medo ou frustração para a criança. Uma boa conversa com a equipe médica que realizará a intervenção cirúrgica é uma oportunidade para ter mais segurança sobre o procedimento.

É claro que os limites para a autonomia da criança existem, mas é bem importante tornar esse processo tão importante em uma jornada leve, dentro do possível. 

A criança precisa encontrar em seus responsáveis, uma postura confiante e firme, mas também é preciso que ela compreenda por meio de uma linguagem clara sobre o procedimento que passará e qual a sua importância trará para sua vida. 

Para contornar as recusas, os pais podem ir contando aos poucos sobre o procedimento, de forma lúdica. Uma equipe de psicologia também pode oferecer suporte nessa fase que antecede a operação. 
Não deixe de levar a criança no tira dúvidas com o médico cirurgião, isso fará com que ele se familiarize com o ambiente e também com as pessoas.

A cirurgia da fissura labiopalatina é muito mais do que uma questão estética. Ela também evita problemas com a alimentação, arcada dentária, respiração e infecções de ouvido.

O diálogo é o melhor caminho para acolher a criança que vai operar, sobretudo em procedimentos de anomalias craniofaciais, que são complexos. Reforce que tudo ficará bem e que você estará aguardando ao final da cirurgia. Não minta sobre dores, ou sobre a recuperação da cirurgia. Lembre-se que a confiança é um dos principais laços entre você e seu filho.