Bebê com assimetria de cabeça: Saiba o que fazer
Deformidades na cabeça são motivo de preocupação para qualquer pai ou mãe que percebe essa condição em seu filho, todavia, não raramente, o bebê que possui cabeça torta não dispõe de um quadro de cranioestenose, mas sim do que chamamos de plagiocefalia posicional.
Ao contrário da cranioestenose sindrômica e da cranioestenose não-sindrômica, a plagiocefalia posicional não é acompanhada do fechamento precoce das suturas do cérebro, o que não acontece, por exemplo, na plagiocefalia verdadeira − um quadro de assimetria do crânio em que as junções que existem entre os ossos da região fecham-se antes do tempo.
Além das cranioestenoses, os tumores ósseos também podem ser causadores de deformidades cranianas. Nesse sentido, se você identificou que o seu bebê está com a cabeça torta, é importante que ele seja avaliado por um pediatra especializado.
Plagiocefalia posicional
Diferentemente da plagiocefalia verdadeira, que é uma doença congênita, a plagiocefalia posicional é causada pelo posicionamento vicioso do crânio, isto é: quando há o achatamento da região posterior do crânio e/ou assimetria no fronte contralateral em decorrência do posicionamento prolongado em berços, cadeirinhas e afins.
As medidas a serem adotadas são a identificação da preferência posicional do bebê, bem como o intercalamento das posições durante o dia e à noite.
O posicionamento ventral do bebê, conhecido como “tummy time” é mais uma estratégia que evita a plagiocefalia posicional. O tempo de bruços permite o remodelamento da região óssea e fortalece a musculatura posterior da nuca. É importante ressaltar que a supervisão de um adulto é indispensável, uma vez que o bebê pode ter episódios de refluxo e vir a engasgar e/ou asfixiar-se.
O uso de travesseiros específicos também ajuda no tratamento da plagiocefalia. O Mimo’s Pillow apresenta formato especial de “donut”, com orifício central, no qual a cabecinha do bebê repousa. Além disso, a espessura do travesseiro faz com que a tensão do apoio do crânio seja dissipada, evitando a deformação da superfície craniana.
O uso de órtese pode ser indicado em casos de deformações cranianas ocasionadas pelo posicionamento. No entanto, os capacetes cranianos possuem alto custo e precisam ser recomendados por um médico.
O diagnóstico da plagiocefalia, verdadeira ou posicional, assim como a identificação de qualquer anomalia craniofacial deve ser sempre feito com a ajuda de um neurocirurgião pediátrico” e/ou pelo cirurgião crânio-maxilo-facial especialista em assimetria craniana. Procure um médico de sua confiança e siga as recomendações.