Classificação de Spina – Tipos de fissura labiopalatinas

A fissura labiopalatina é a anomalia craniofacial mais comum. Essas fissuras podem ocorrer de forma isolada no palato ou ainda se estenderem para a região do lábio. Além disso, as fendas labiopalatinas podem ser unilaterais ou bilaterais. 

Dependendo da forma com que se manifestam, as fissuras são classificadas de diferentes formas. Os hospitais de referência brasileiros, especializados no tratamento de fissuras labiopalatinas e anomalias craniofaciais, adotam a classificação de SPINA (1972), que toma por base o forame incisivo. Forame é o nome dado a uma abertura que permite a passagem de veias, vasos, artérias, etc. De acordo com a classificação de Spina, as fissuras são divididas em quatro categorias, são elas: fissuras pré-forame incisivo, fissura transforame, fissura pós-forame, fissura raras da face.

Fissuras palatinas pré-forame

As fissuras pré-forame incisivas variam de grau e podem envolver tanto o lábio quanto o rebordo alveolar. Anatomicamente, podem se manifestar tanto unilateralmente como de forma bilateral. 

Fissura palatinas Pós-forame

As fissuras pós-forame podem acometer o palato duro e o palato mole ao mesmo tempo ou somente o palato mole em graus variáveis, incluindo a fissura submucosa que os pais notaram que a única característica é a úvula bífida/dividida ao meio.

Fissuras palatina Transforame Incisivo

Apresentam-se de forma bilateral ou unilateral. Têm grau de gravidade maior e podem atingir não só o lábio, mas também o palato duro e a arcada alveolar. 

Fissuras raras de face

Conhecidas como fissuras oblíquas, essas fissuras raras de face podem acometer o lábio inferior, nariz,  ossos do crânio e da face.

Tratamento para fissuras labiopalatinas

A gravidade das fendas orais varia de acordo com sua extensão.  Apesar disso, essa alteração orofacial pode ser corrigida por meio de intervenções cirúrgicas. Com o devido acompanhamento multiprofissional, o futuro da criança acometida pelas fissuras labiopalatinas não é afetado. 

O acompanhamento médico por uma equipe especializada é essencial não só para a recuperação do paciente, mas também para distinguir entre as fendas labiopalatinas isoladas e as fendas que estão associadas a síndromes e outras doenças congênitas. 

O tratamento cirúrgico deve ser realizado por um cirurgião plástico treinado neste tipo de deformidade.