Microtia: Malformação congênita nas orelhas, conheça os tratamentos

Os casos de microtia, ocasião em que as crianças nascem com orelhas pequenas e com ausência do canal auditivo  é uma malformação rara com prevalência de 1 para 6 mil nascidos vivos. A microtia,  é uma deformidade congênita que motiva diversos pedidos de reconstrução de orelha,  pode ocorrer de forma parcial ou total, porém, também existem casos em que a malformação é bilateral.

Na verdade, a causa da microtia não está muito bem definida, porém, acredita-se na relação do quadro com falhas genéticas, na formação celular e na vascularização durante o período embrionário.  A microtia pode estar relacionada ainda com dezenas de síndromes genéticas e anomalias craniofaciais, por isso, é indispensável a avaliação por uma equipe médica competente. 

É possível obter o diagnóstico da microtia ainda no pré-natal ou logo após o nascimento, no entanto, é importante que a equipe médica realize outras investigações para descartar demais malformações.

A função auditiva em casos de Microtia

É comum que exista o questionamento se o bebê com microtia ouvirá.  É necessário buscar a opinião de um médico especializado, como o otorrinolaringologista, mas, normalmente, a malformação externa não tem relação com malformações internas.  É importante lembrar ainda que caso não exista a presença do canal do ouvido, a audição se dará por meio da condução óssea.

Tratamento da Microtia

Em casos de problemas de audição, a  resolução da função auditiva é prioridade no tratamento de microtia, tendo em vista que a criança precisa aprender a falar. Nessas situações, aparelhos auditivos ou próteses osteoancoradas são utilizados.

O tratamento para microtia envolve intervenção cirúrgica, porém, a cirurgia precisa ser realizada no momento oportuno, com o cuidado necessário para que a criança não seja tão pequena. 

Atualmente, a medicina oferece a opção da utilização de parte da cartilagem da costela para reconstrução das orelhas. O procedimento acontece a partir de um molde que reproduz o desenho e  todos os contornos da orelha com a cartilagem retirada do próprio paciente.

No Hospital Sobrapar, realizamos cirurgia de construção de orelha pois partimos do zero, a partir dos 10 anos de idade. No entanto, os  tamanhos das cartilagens costais também servem como parâmetro para definir o melhor momento para a operação. Cada caso deve ser avaliado individualmente por um especialista.