Reconstrução de orelha
A reconstrução da orelha pode ser necessária quando o paciente nasce com alguma deformidade na região ou quando a orelha passa por algum tipo de trauma que altera sua formação original. Essa reconstrução pode ser parcial ou total, dependendo da microtia, ou seja, qual a deformidade ou trauma.
O Hospital Sobrapar tem atendido cada vez mais esses casos que já atingem, aproximadamente, uma entre 8 mil crianças nascidas no Brasil, principalmente meninos.
Essa anomalia pode ser uni ou bilateral. Na maior parte dos casos, é unilateral! Apenas 10% e 20% dos pacientes apresentam a anomalia nas duas orelhas. Em cerca de 50% dos pacientes o conduto auditivo externo existe, porém, o distúrbio da audição ocorre em apenas 25% dos pacientes.
Como é feita a cirurgia de reconstrução de orelha?
É um procedimento complexo. É uma cirurgia realizada em três tempos cirúrgicos principais, sendo que o primeiro consiste na retirada de três cartilagens da costela, modelagem e escultura da cartilagem costal e inclusão da mesma em região da mastóide.
O segundo tempo resume-se na colocação de uma cartilagem para aumentar a posição (calço).
No terceiro tempo, a liberação da orelha é reconstruída com objetivo de proporcionar projeção e restauração do ângulo formado entre a orelha e o crânio.
Quando fazer a cirurgia?
Diferentemente das craniossinostoses não sindrômicas e sindrômicas, a orelha não deve ser operada nos primeiros meses de vida do paciente.
Realizamos a cirurgia de reconstrução de orelha a partir dos 10 anos de idade, mas isto tem mais a ver com o tamanho das cartilagens costais do que do tamanho da orelha em si. Se fizermos com a criança mais jovem existe a possibilidade de termos de coletar mais de 3 cartilagens costais.
Esse tempo de espera se dá porque antes desse período a orelha ainda se encontra em crescimento. Dessa forma, qualquer tentativa de reconstrução não será precisa.
Quando a cirurgia envolve a reconstrução total da orelha, na qual é preciso fazer a criação dos relevos, o procedimento deve ser realizado após os 9 ou 10 anos de idade (dependendo da altura e do desenvolvimento corporal do paciente).
É importante esperar até a idade adequada para garantir que a orelha tenha se desenvolvido completamente, permitindo a retirada de quantidade suficiente de cartilagem necessária.
A função auditiva é afetada?
É normal que em casos de malformação da orelha, a preocupação com a audição seja grande. Uma dúvida frequente é se a criança que nasce com a anomalia ou pessoa que a adquire ficará completamente surda do lado afetado. A resposta para esses questionamentos é: depende.
O sistema auditivo é complexo, constituído por três partes da orelha (externa, média e interna) e pelas vias auditivas no sistema nervoso central.
De fato, em alguns casos, o canal auditivo pode ser afetado. Quando é o caso da reconstrução total de orelha, essa área pode estar parcialmente ou até completamente ausente.
É raro ter pacientes sem audição no lado afetado. Chega a ser apenas 10% dos casos!
Geralmente, as pessoas que têm essas anomalias apresentam pelo menos alguma audição.Isso porque o ouvido interno, chamado de receptivo, é derivado de um tecido embriológico diferente do tecido da orelha externa e média (porção condutiva). então, o ouvido interno raramente é envolvido.
Quando ambas as orelhas são afetadas por essas anomalias e os canais auditivos estiverem ausentes, será necessário usar um aparelho para auxiliar o paciente a ouvir normalmente e se recuperar.
Hospital SOBRAPAR
O Hospital Sobrapar é uma referência nacional na área de assistência à saúde. Nossas especialidades são cirurgia plástica reconstrutora e crânio-maxilo-facial.
Nossa equipe multidisciplinar é composta de cirurgiões plásticos, fonoaudiólogos, otorrinolaringologistas, psicólogos, assistentes sociais, ortodontistas, odontopediatras, cirurgião dentista, neurocirurgião, ortopedista, fisioterapeutas, geneticistas, anestesistas, intensivistas e enfermeiras.
Ou seja, contamos com toda a assistência necessária para tratamentos de anomalias congênitas e adquiridas.
Com uma postura ética e humanizada, nosso objetivo é de reabilitar o paciente para sua inserção na sociedade como um cidadão ativo e participativo.
Reconstrução da orelha
Reconstrução da orelha
Reconstrução da orelha
Reconstrução da orelha
Perguntas Frequentes
A microtia pode cursar com algumas síndromes que podem levar a problemas no desenvolvimento da face, mas raramente intelectual.
Utilizamos a sexta, sétima e oitava cartilagem postais. Normalmente do mesmo lado do defeito para realizar a maquete cartilaginosa em formato de orelha para reconstruir.
Os riscos são infecção, necrose, exposição cartilaginosa e perda do resultado.
Repouso relativo, higienização do local, não tomar sol.